terça-feira, 31 de julho de 2018

Dia de batizado

Paolo e seus irmãozinhos, pais e padrinhos












Fotos by Ivana Negri e Marcos Maia

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Dia da Vovó!



Ivana Maria França de Negri

            De todas as palavras pelas quais já fui nomeada na vida, nenhuma me deu mais prazer e alegria do que ser chamada por minhas menininhas de vovó!
Soa tão doce, vindo de criaturas com jeitinho de anjo que a gente ama muito além da paixão.
E quando a experiência dos anos vividos nos lega a sabedoria de descobrir o que é realmente importante nesta vida, é preciso aproveitar ao máximo.
Na casa da avó inexiste a palavra “não”. Pode fazer bagunça, espalhar brinquedos, pegar as bijuterias para brincar, pode comer chocolate, sorvete e acabar com o pote de biscoitos.
E os netos sabem que na casa da avó podem ficar à vontade e fazer toda estripulia que quiserem, mas sempre obedecem e até ajudam a guardar os brinquedos espalhados.
Os pais, sim, devem estabelecer normas para a educação. Casa dos avós é só para curtir e brincar. Sempre tem chocolates, balas, ovinhos com surpresas dentro e novos brinquedos. Podem ficar de molho na banheira pelo tempo que quiserem. Vovó não fica brava se molharem o chão e deixa até que mexam no computador.
Ser avô ou avó, principalmente quando os netinhos ainda são pequenos, é estar em estado de encantamento e tremendamente apaixonado por criaturinhas adoráveis e peraltas.
É como se os filhos, já crescidos e donos da própria vida, voltassem de repente a ser crianças. Só que, em vez da grande responsabilidade de criar, educar e preocupar-se com o futuro deles, aos avós fica apenas o encargo de brincar, de curtir, de mimar e de se entender com os pequenos de igual para igual.
Em casa de avós não existe a palavra “não”. Apenas nos casos em que algum objeto é quebrado, numa diabrura qualquer. Daí a avó diz com carinho: “não faz mal!” ou “não vá se machucar!” Só nesses casos.
Na casa da vovó sempre tem guloseimas e pode-se fazer de tudo, desde que não seja perigoso. Sempre tem colinho, doces e cafuné sobrando. Na casa da vovó pode fazer bagunça, andar sem sapatos, assistir TV e dormir até mais tarde.
A vovó sempre conta historinhas, deixa brincar com água e comer chocolates de montão.
Toda vovó é meio bruxa e meio fada. Concede todos os desejos dos netinhos, e faz cada mágica!
Vovó deixa o neto faltar da escolinha, sem estar doente, só para ir ao cinema ou passear no shopping e tomar um sorvete. Também o deixa ficar no computador visitando sites divertidos por quanto tempo quiser.
Espero que nenhum psicólogo leia esta crônica. E também os pais das minhas netinhas...
Só compreenderão estas linhas os que já são avós.
Esses sim, vão ficar felizes de constatar que mais pessoas pensam como eles.
Tão doce, tão gostosa de ouvir, tão mágica, essa palavrinha pequena, sonora, de uma sílaba só: “Vó”!!!

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Fabriquinha de ideias



                                 Ivana Maria França de Negri

        Margarida acordava bem cedo todos os dias e saía com sua mãe pelas ruas da cidade à procura de coisas que as pessoas jogavam fora. O fiel vira-lata Rambo sempre as acompanhava. Elas eram catadoras de papelão.
Tudo o que as pessoas achavam que não prestava mais e jogavam no lixo, como jornais, revistas, papelão, latinhas, garrafas de plástico, para elas era um jeito de conseguir alguns trocados.
Depois que o marido morreu, as coisas ficaram difíceis para a mãe de Margarida, pois estava desempregada e com três filhos pequenos para criar. Margarida tinha mais dois irmãozinhos menores do que ela.
A mãe via aquele monte de lixo apenas como uma maneira de sustentar  a família. O pouco que recebia com a venda do material que recolhiam, dava para comprar pão e alguma mistura  para os filhos.
Já Margarida, via de outro modo aquela sucata toda. Sua cabecinha, cheia de imaginação, via numa simples caixa de papelão azul com manchas de tinta branca, um céu com nuvenzinhas bailando. As garrafas plásticas eram peixinhos brilhantes e de todas as cores. E o papelão preto, era como um céu de noite, pontilhado de estrelinhas prateadas. E assim, ela ia imaginando, inventando, e sonhando com um mundo colorido e de brilhos observando aqueles objetos que vinham do lixo.
Certo dia, a mãe conheceu um grupo de pessoas da cooperativa do Reciclador Solidário. Foi convidada a participar das reuniões deles e levou a filha junto.
Margarida adorou aquela fábrica de “maravilhas”, pois lá ela podia dar vazão à sua criatividade. E deu mesmo asas à sua imaginação. Fazia capas de livros, porta-retratos, sacolas, porta-lápis, álbuns, brinquedos, quebra-cabeças, caixinhas de presente, a sua fabriquinha de ideias, que era a sua imaginação, ia inventando objetos coloridos e muito bonitos. E quanto mais inventava, mais ideias novas iam surgindo.
O mundo estava cansado da poluição, dos lixões abarrotados, e virou moda e até  passou a ser chique ter em casa objetos feitos com materiais reciclados, isto é, reaproveitados do lixo.
Muita gente começou a se interessar por aquelas obras de arte e pagavam muito bem pelas peças.
Margarida ficou famosa como a menina que transformava lixo em arte.
Uma boa ideia merece ser copiada e espalhada. Vamos reciclar também?
Reciclar faz bem para o bolso, para a natureza e para as pessoas.
Mãos à obra, pessoal!