PAI
(pequeno poema para um grande pai)
Ivana Maria
França de Negri
Quando eu era
pequenina
e tinha medo de bicho-papão,
seguravas em minha
mão
e os monstros iam embora.
Lembro-me
nitidamente,
guardadas em minha memória,
de tantas e
tantas histórias,
de bichos, heróis e contos de fadas.
Sonhaste meus
sonhos,
guiaste meus passos,
e em teus
braços,
docemente me ninaste.
Calavas meu
choro,
e teu olhar de ternura
enchia-me da
alegria mais pura,
e eu dormia segura.
O tempo passou...
Hoje,
crescida,
sou dona da minha vida,
mas nunca te
apartarás de mim,
pois o amor que nos une jamais terá fim.
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